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Friday, April 30, 2010

O COLOSSAL MAURÍCIO EINHORN HOJE NA SCM















Maurício Einhorn, um dos maiores gaitistas do mundo, toca hoje na Sala Cecília Meirelles, Lapa, RJ, às 20 horas, com ingressos a R$ 10,00, gravando seu novo CD!


CONCERTO INSTRUMENTAL DE HARMÔNICA DE BOCA E GRAVAÇÃO DE CD

Sex 30 abr SCM 20h

Maurício Einhorn - harmônica
Charles da Costa - violão
Paulão - violão de 7 cordas
Alessandro Cardozo - cavaquinho
Luis Louchard - baixolão
Rodrigo Jesús - percussão
Alberto Chimelli e Dario Galante - piano e keyboard
Luis Alves, Sergio Barroso e Augusto Mattoso - baixo
João Cortez, Paulo Braga e Rafael Barata - bateria
Nelson Ayres - piano
Roberto Sion - sax alto e flauta

Programa

Ternura (Lyrio Panicali e Amaral Gurgel), Pedacinho do Céu (Waldir Azevedo), Meu sonho é você (Altamiro Carrilho e Átila Nunes), Autumn in New York (Wladimir Dukelsky), Pela madrugada, Tempos que não posso esquecer (Chimelli e Einhorn), I concentrate on you, Night and day (Cole Porter)

Wednesday, April 28, 2010

TROUXA É A MÃE!


Passa Páscoa, passa feriado e as viúvas do fascismo de 1964 derramam-se na mídia em prol da máfia peéssidebista (leia-se UDN, Arena, PDS, PFL e DEMO). A velha postura de defesa da "família", do "medo" (eles têm medo de política progressista, mas não sentem absolutamente nada quando os morros do Bumba desabam ou quando veem alguém mexer no lixo em busca de um jantar). Uma gentinha que sente saudades da "ordem" (leia-se tortura) daqueles tempos, mas que hoje em dia não vacila em sonegar um impostinho de renda ou surrupiar o troco dado a mais por engano num caixa de supermercado. Pensam que todo mundo é trouxa, só porque o Brasil ainda tem uma grande parte da sua população mal-escolarizada - e, com isso, caem num erro crasso: a informação é uma coisa, a inteligência é outra. Gentinha ultrapassada que sonha com generais no poder e que, se coragem tivesse, imporia proibições à liberdade de opinião, expressão e sexualidade (com exceção dos padres pedófilos...), tudo preferencialmente numa sociedade sem pobres por perto (todos devidamente removidos e jogados em grotões distantes, tudo em "nome de Deus", tal como se fazia na Reforma, ou mesmo hoje, quando o "destino" queima o Camelódromo da Central). Falam de corrupção, mas aplaudiram as "obras monumentais" da ditadura, cujos lucros estão muito bem aplicados em bancos norte-americanos. Defendem pena de morte, já que seus parentes têm dinheiro, mesmo que roubado, e não passaram pela decadência social que os levariam às penitenciárias. Falam de Lula com a boca suja, gosmenta ainda pelos gritos de saudação à República de Collor, verdadeira ode do banditismo político brasileiro, talvez só superado por Adhemar de Barros e Paulo Maluf - talvez. Foram os mesmos que vibraram quando o Estado dos Generais estuprava, torturava e matava pessoas cujos "crimes" estavam em lutar por uma pátria livre.

Em suma, uma gentinha hipócrita que se julga superior aos outros mas tem tanta mobilidade de cultura, leitura e pensamento crítico quanto um elefante preso numa gaiola. Em geral, gostam de se esconder, se esgueirar, evitando usar o próprio nome para o cometimento de verdadeiros crimes de lesa-pátria, que não sabem ter cometido porque, claro, são extremamente ignorantes - embora tenham a marca da prepotência ostentatória de "garbo" intelectual, da sisudez e da racionalidade que, na verdade, é oca por conta dos cupins. Nestas horas, vê-se a pior face de um Brasil de muitas qualidades, mas um defeito gravíssimo: a megalomania neofascista de uma (felizmente) pequena parte da população votante, disposta a tudo para fazer valer seus direitos individuais acima de qualquer coisa - traduzindo, foda-se os outros. Como tempero, um sorriso alvar para simular um verdadeiro porta-estandarte da estupidez. Leem a cartilha de parajornalistas como D. Mainardi, S. Castanhede, M. Pereira e outros asseclas - com isso, acreditam ser as potências intelectuais da nação. Muitas vezes, utilizam os parcos textos destes parajornalistas como verdadeira Enciclopédia Barsa.

Há instantes, muito me irritou mais uma conduta fascistóide do PSDB (leia-se Arena, UDN, PFL, DEMO, é tudo a mesma porcaria), respaldada por seus pares, em termos da campanha eleitoral deste ano, que deve ser marcada pelo estilo "rolo compressor" (a velha direita não aguenta mais uma década sem ter o poder máximo nas mãos; São Paulo não é suficiente). Antes disso, como todo mundo sabe, a Rede Globo de Televisão precisou "retirar do ar" a propaganda explícita que fazia do candidato José Serra, através da comemoração do "aniversário de 45 anos" (PSDB = 45). O mesmo jeito nojento de usurpar, subtrair, malversar e distorcer a realidade, tão bem-engendrado como nos anos de tortura.

As denúncias contra o jeito mussoliniano de fazer o que eles entendem por "política" foram extremamente bem-feitas pelo Deputado Brizola Neto, que faz pleno jus ao brilhante nome que carrega. Aos amigos que se interessarem pela causa, eis os links:

http://www.tijolaco.com/?p=13364

http://www.tijolaco.com/?p=13326

No mais, para os neofascistas que pensam que todo mundo é trouxa, um simples lembrete:

TROUXA É A MÃE!


Paulo-Roberto Andel, 28/04/2010

Monday, April 19, 2010

SOBRE O GRANDE CAMPEÃO












Digam o que disserem, morda-se a “imprensa oficial”. O Botafogo é o grande campeão.

O futebol é fascinante como esporte e espetáculo justamente por supostas surpresas que possa proporcionar. Falo da suposição porque quando há um campeonato no Rio de Janeiro, não pode ser surpresa que o Botafogo o vença, assim como o Vasco, o meu amado Fluminense e o time da Gávea. Trata-se de uma disputa centenária, com ao menos quatro grandes forças, não apenas uma como a esmagadora maioria da imprensa esportiva local tenta impor diariamente em sua comunicação.

Ninguém pode tratar o Botafogo como um pedinte.

Nunca.

Quem acompanha futebol sabe muito bem que, quando os clássicos acontecem, por mais que um pontual favoritismo possa ser cogitado, no campo isso não conta. Botinudos podem virar heróis, craques podem sumir do jogo, desconhecidos podem se consagrar. Mais do que tudo, as camisas se digladiam incessantemente pelo gol e pela vitória.

O Botafogo perdeu para o Vasco no primeiro turno por seis a zero. Foi uma derrota horrível, sem dúvida, mas o campeonato permitia uma reação. Lembro do “Kaiser”, o grande craque alemão Franz Beckembauer, quando trabalhou como treinador do Bayern de Munich e, ao enfrentar o Real Madrid num amistoso, perdeu por oito ou nove a um; indagado sobre o desastre, limitou-se a dizer que, diante da hecatombe, era melhor ter perdido aquela, por mais doloroso que fosse, do que perder nove partidas por um a zero, o que geraria uma crise no time e a sua inevitável demissão. Beckembauer, símbolo de talento no futebol e dos poucos humanos a ser campeão do mundo por uma seleção como jogador, capitão e, posteriormente, treinador. O exemplo valeu esplendidamente para Joel Santana: depois de sua chegada, o Botafogo venceu dignamente a Guanabara e só voltou a perder no campeonato quando podia, justamente para o meu amado Fluminense, para depois impor-lhe uma grande virada nas semifinais do returno, vencido ontem com tanta justiça e mérito pelos de General Severiano – e quem vira um jogo contra nós num momento decisivo sabe que o título é mais do que uma promessa. Mais do tudo, esse título mostra a todos que o Rio não tem só um time; relembra que, em anos anteriores, o Botafogo foi até melhor nas finais, mas tropeçou na amarga disputa de pênaltis – e o triunfo praticamente se consolidou ontem justamente num pênalti, cobrado pelo badalado Adriano e muito bem-defendido pelo goleiro Jefferson que, a meu ver, é hoje o melhor goleiro em atuação no país: sóbrio, tranqüilo, sem poses para câmeras ou declarações estrambóticas. Antes disso, a força platina de Herrera e Loco Abreu já tinha sinalizado o retrato em branco e preto que iria tomar as ruas da cidade.

Nas últimas décadas, conta-se nos dedos os times do Rio que conseguiram a façanha de liquidar a competição antes de uma final contra algum rival, ao vencerem os turnos disputados num mesmo ano. O Botafogo fez isso ontem e, portanto, é o merecido campeão. Falem o que quiserem, chorem os maiorais.

Como Tricolor, estou acostumado a títulos e triunfos, ao contrário do que a imprensa insiste em falsear, mesmo que os últimos anos não me tenham sido tão favoráveis. Mas a minha história está escrita, desimportando as falácias e fantasias de bicampeonatos num mesmo ano ou hexa sem penta. Nesta hora, a de ontem, foi bom invejar o Botafogo. Ressalto que a nós, das Laranjeiras, só cabe uma inveja que tenda ao positivo: a inveja de estar no lugar do grande campeão, que mereceu a conquista e que, tal como nós estamos acostumados a viver em nossa arquibancada, também não conta com as loas dos jornalistas.

Não há mais Garrincha nem Nilton Santos nem Didi em campo. Nem para o Botafogo, nem para nenhum outro time. São deuses que fazem parte do Olimpo da Bola. Isso, no entanto, não quer dizer que não se possa ganhar novos títulos, desafiar novos paradigmas ou contestar definições. Aí está o Botafogo que não nos deixa mentir. Aí está o grande campeão e isso é um fato. Às favas com o deboche de considerá-lo fraco; não nos cabe a cegueira da burrice teimosa e nem da idiotice da objetividade, como nos ensinou Mestre Nelson Rodrigues. Quem vence a Gávea com a autoridade de dois jogos decisivos e, antes, tira o Fluminense do páreo, merece o certame.

Todos os parabéns aos alvinegros. Poucos times no mundo saberiam superar uma goleada estrondosa com tamanha galhardia e superação, descritas nos números da competição. A resposta colossal foi o título, mais do que merecido e capaz de devastar até impérios.

A estrela solitária continua com multidões a seu lado. Sempre será assim. Sempre, nunca menos do que sempre.


Paulo-Roberto Andel, 19/04/2010

Tuesday, April 13, 2010

É SÓ UM OUTONO LÁ FORA















É só um outono lá fora. Talvez. Muitos choram seus mortos, outros subvertem a verdade e alguns cogitam encenar o raso teatro do meu-mundo-sou-eu-mesmo-e-ponto. A temperatura, nem quente de fazer suar, nem fria de agasalhar, segue seu destino entre uma e outra nuvem. Nenhuma ameaça visual iminente da tragédia de uma semana atrás, quando minha principal preocupação era evitar o molhar da roupa, depois de sair da sessão de fisioterapia. As autoridades garantem que tudo está sob controle, mas sabemos que esta verdade não tem cor. É só um outono lá fora, parecendo ter mãos vazias, mas insinuando a alguém que dias melhores estão por nascer. É só um outono lá fora, que precede um grande feriado e, com este, a inevitável promessa de morte sacramentada nas estradas rodoviárias. Dor e calmaria convivendo na mesma sala de espera. Um carnaval sem barulho, exceto nos gritos das torcidas no Maracanã, se jogo houver lá. Os bares serão mais bares e não faltará quem precise afogar as mágoas com drogas legalizadas ou mesmo as “proibidas”. Na televisão, faremos galhofas de nós mesmos: nossas idéias mal-concebidas; nosso preconceito escancarado que, por vezes, aflora; nossa eterna dúvida em relação aos nossos semelhantes, que talvez não sejam tão semelhantes assim, mas que nos fazem insistir que a nossa semelhança é superior à deles – pode ser a diferença também. Dinheiro, ah, dinheiro: faltante nos bolsos, abundante nas vitrines; fundamental para diminuir as mazelas do mundo, até que um míope mental pergunte quem vai pagar a conta, sem saber que o que se faz para o bem comum não tem preço. É só um outono lá fora, e o cinza se confunde com o azul. É só um outono lá fora e a mansidão parece algo tão distante. Risos precisam ser mais risos. Pobres precisam ser mais gente aos olhos neoliberais. Gente precisa ter mais apreço à gente. Quem me dera deixássemos de lado a eterna busca pela juventude, pela beleza, pelo corpo perfeito que não passa de falácia para se vender produtos – é que a perfeição não existe e, em busca dela, sacrificamos nossas próprias vidas em vão. É só um outono lá fora e desejo que vivamos com menos belicismo, menos hipocrisia, menos indiferença. Uma tardinha que se avizinha e as horas a se contar para nova fisioterapia. Longe daqui, os flamboyants ditam as regras. Um cinema me fará bem quando a noite vier, ou um som de jazz ou uma canção que heróis africanos entoam com rigor. É só um outono lá fora, e leio que Manoel de Barros nos brinda novamente aos noventa e três anos, assim como Carlito Azevedo nos brindou com seu Monodrama no verão que se foi. Os poetas insistem; não são fáceis de derrotar, não são acostumados ao licor da inércia. Os poetas fazem seus versos e, com eles, ajudam o mundo a ficar menos poluído do racionalismo oco dos articulistas políticos, ainda mais quando estes articulistas se diziam homens de teatro e cinema – em suma, falsos poetas. Há um outono lá fora, e ele se faz poema de versos livres, com certo toque de melancolia pelos mortos sofridos que temos chorado nesta cidade. Outro toque também lhe cabe: o de certa elegância, cujos mares freqüentei, mas sou ignorante o suficiente para não saber explicar. Há um outono lá fora, e isso me basta.


Paulo-Roberto Andel, 13/04/2010

Thursday, April 08, 2010

ÍDOLOS DE BARRO


















Dia desses, recebi de uma querida amiga um texto reproduzido em blogs, daqueles tradicionalmente encharcados com as eternas besteiradas, repetidas de forma papagaiante, sobre as “ameaças de democracia no Brasil” promovidas pelo Governo Lula. O texto, supostamente assinado por um ator, desancava o governo e trazia termos pessoais que, uma vez comprovada a autoria, permitem claro ajuizamento. Forma papagaiante é um neologismo que propõe a repetição incessante de ditos sem que necessariamente tenha que se raciocinar a respeito, tal como fazem as simpaticíssimas aves. Por favor, não tomem isso como uma crítica à PPB (população papagaial brasileira).

Há uma confusão enorme no Brasil de hoje sobre a questão política. Confusão misturada à má-fe, ignorância e um sentimento agudo de ambição neofascista como se viu no banditismo do golpe de 1964. Tentam construir ídolos de barro, frágeis, “bons administradores” que não se sustentam diante de críticas ao “Estado Mínimo”, o “Neoliberalismo” e o porque de terem conseguido resultados nacionais pífios ao fim de sua gestão, já que eram os responsáveis pelo reordenamento do Brasil. Falam em democracia, mas governam São Paulo há vinte anos.

Primeiro, as velhas “viúvas da ditadura” a preconizarem uma ameaça comunista que não existe. Depois, a total cegueira em não se admitir que, nas realizações, o Governo Lula é o único que permitiu mobilidade social às camadas mais sofridas da população desde os planos de João Goulart, que naufragaram com tanques, mortes e os piores atos de desumanidade. Terceiro, a estúpida adesão que os descontentes com Lula tomam ao aderirem ao PSDB, que representa a escória política do Brasil, o sub-PDS, o almoxarivado da Arena, a clara representação do “alto” capitalismo que pretende se sustentar com aplicações e não geração de empregos. Qualquer assalariado, pequeno empresário ou detentor de baixa remuneração que empunhe esta bandeira só pode fazê-lo por completa ignorância histórico-sócio-política do país onde vive. Ao fazerem isso, as “viúvas” não somente desfilam seu raso conhecimento das cousas, mas também agem com “raciocínio” análogo àqueles que, não muito tempo atrás, viam as milícias como uma boa solução contra os traficantes. Ou seja, o sujo querendo criticar o mal-lavado, se mal-lavado fosse. Como “solução” para o “atraso” do Brasil (????) e a “enorme corrupção” (?????) pretendem simplesmente reabilitar o partido que entregou lucrativas empresas como a Vale do Rio Doce a troco de banana, que “modernizou” as telecomunicações às custas das maiores taxas de telefonia do mundo e que mudou as regras eleitorais durante seu próprio governo, permitindo que um presidente se reelegesse com um mandato em curso. Quando aconteceu fato parecido em Honduras, defenderam a deposição de Zelaya. Lá, ao contrário daqui, havia regularidade de plebiscitos. Pode haver algo mais hipócrita ou acéfalo? Sim. “Estabilidade” da economia com seiscentos mil empregos em oito anos, numa país com cento e setenta milhões de habitantes.

Embora o jogo eleitoral esteja apenas começando, há indícios fortes que os neofascistas estão condenados ao fracasso: a todo momento, nos jornais prostituídos e nos blogs tendenciosos, a falácia contra a ditadura mostra-se mofada e encardida. Com toda a humildade e limitação educacional que ainda tem, o grosso da população não é tolo e percebe claramente que não se pode confiar nos anseios democráticos de quem olha somente para o próprio umbigo, o próprio bairro e o próprio bolso.

O golpe final acontecerá quando Ciro Gomes, sábio dissidente da máfia empresarial travestida de partido, manifestar-se na campanha.

Hoje, o Rio passa por um luto profundo. Milhares de desempregados, morte, dor, caos. Nada disso interessa para as “viúvas”: danem-se os pobres. Querem o poder, mesmo que sejam apenas meros bonecos nas mãos do capital especulativo que, brevemente, os descartará. O “paraíba” que preside o país, para eles, deveria era estar sob os escombros da tragédia carioca-fluminense. Muitos orgulham-se de seus diplomas, muitas vezes conseguido porque papai e mamãe tinha posses e lhes abriram caminhos facilitadores. Outros, em total caos mental, suspiram pelos tempos de “ordem” do golpe militar: decerto, não pensariam o mesmo se tivessem tido uma mãe, irmã ou namorada estuprada nos quartéis. Mais outros acreditam mesmo serem intelectualmente superiores aos demais, e aí é que escorregam numa casca de banana rumo a um monumental espatifar com a bunda no chão – ainda tontos e machucados, mesmo assim não voltam à realidade: vivem um sonho de perversidade, maligno e deturpado que, felizmente, não há de prosperar. A miséria, uma pena, ainda persiste; contudo, a ditadura já morreu e, se não pudemos enterrar nossos dignos militantes contra o nazismo no Brasil, estes mesmos que vociferam e sonham com a volta dos dias de chumbo só podem, na melhor hipótese, esperar do limiar da vida o aroma do ocaso.


Paulo-Roberto Andel, 08/04/2010